"A vida parece ser comum até às próprias plantas, mas agora estamos procurando o que é peculiar ao homem." (Aristóteles)

por Ana Paula Scardine Silva

No dia 6 de maio
(sexta-feira [2011]) um grupo foi para uma excursão que faz parte do projeto Lugares de Aprender: A Escola sai da escola com a professora Valéria.
Nós visitamos o Centro Universitário Maria Antonia, que é bem perto da escola, aliás, mas que quase ninguém da nossa geração sabe o que significou.

Ao chegar lá, descobrimos que o prédio agora funciona como um centro cultural, expondo obras de arte contemporâneas, aquelas que, a principio, parecem não significar nada, mas, como um dos instrutores disse, este tipo de arte não tem o objetivo de decorar um espaço, nem de passar um sentimento, apenas de fazer pensar, de criar um raciocínio.
O que faz este prédio ser interessante é sua história. De 1949 a 1968, aquela foi a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Era lá que muitos intelectuais eram formados e se encontravam para discutir a sociedade. Em outubro de 1968, o prédio foi invadido e destruído pelos simpatizantes da ditadura militar que estudavam no prédio da Universidade Mackenzie, localizada logo em frente o prédio da USP, virou propriedade do governo. Este foi um símbolo da luta pela democracia, esquecido pela sociedade.
Em 1985 o edifício principal foi tombado por sua importância histórica e a partir de 1991, os prédios do conjunto começaram a ser devolvidos à USP.
A história é muito mais interessante quando alguém que estudou e pesquisou o assunto conta (os instrutores). E principalmente quando você está dentro do prédio.
Mas o que fez esta excursão valer a pena não foi apenas o aprendizado, foi a dinâmica que deu espaço para perguntas e comentários. A gente teve espaço pra falar o tempo todo, tanto nas exposições com os instrutores, como no debate sobre o documentário com a Professora. Isso fez tudo parecer interessante. Acredito que poucos percebem, justamente porque não estão acostumados a ter o tipo raciocínio necessário para entender o objetivo e a experiência desta excursão.
Aqueles que gostam de filosofar deveriam ir na próxima atividade externa, apenas pela possibilidade de vivenciar uma aula dinâmica de verdade.

Ana Paula Scardine Silva 2ºB

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